Para mim, tudo começou em Janeiro de 2004. Cheia de sonhos, fui a uma entrevista à Fado Filmes. Tinha sido recomendada pela Diana Andringa, a minha orientadora de tese. Apenas com a licenciatura de Jornalismo entre mãos, com zero experiência, mas com uma grande paixão por cinema, acabei por fazer um estágio profissional numa cozinha improvisada de sala de montagem. Esta foi a minha verdadeira escola. Durante 3 anos, tive o privilégio de colaborar com vários realizadores como Luís Galvão Teles, Gonçalo Galvão Teles, Raquel Freire, Sol de Carvalho e João Ribeiro. Cresci profissionalmente a observar e a ser assistente de montagem de editores seniores. Nesta fase preliminar da minha carreira, também tive a oportunidade de montar algumas curtas-metragens.

Em simultâneo, comecei a explorar o meu interesse por documentários. “Documento Boxe”, realizado por Miguel Clara Vasconcelos, foi feito à noite, com muita vontade e cansaço pelo meio. Ganhou o prémio Kodak de melhor curta-metragem, em 2006, no Festival de Curta-Metragens de Vila do Conde e foi, também, considerado o melhor documentário nos Caminhos do Cinema Português. Foi o primeiro de muitos. “Pé na Terra”, um documentário realizado por João Vladimiro, e “Excursão”, um documentário realizado por Leonor Noivo, foram premiados no festival Indielisboa. “Bab Sebta”, um documentário realizado por Pedro Pinho e Frederico Lobo, venceu, em 2008, o prémio Tóbis no festival Doclisboa, assim como o prémio Marseille Espérance no festival FIDMarseille.

Em 2006, optei por alargar os meus horizontes e sair de Portugal. Concluí, em Inglaterra, um mestrado em Pós-Produção - Montagem. Logo de seguida, viajei para Moçambique e editei uma série televisiva, “Teias de Aranha”, realizada pelo Sol de Carvalho. Continuei, nos anos seguintes, a trabalhar no Reino Unido, entre Londres e Glasgow. Em 2008, editei, por exemplo, o documentário Midnight Madness, realizado por Charles Henri-Belleville que esteve presente no festival de Raindance em Londres. Ao todo, vivi 3 anos fora de Portugal. 

Decidi regressar e reencontrar a minha identidade. Conheci o Mário e o Pedro Patrocinio, altura em que montei o documentário “Complexo”, que venceu o prémio de melhor longa-metragem internacional na categoria de direitos humanos no Artivist International Film Festival. Foi o início de uma longa relação profissional. Editei curtas e longas-metragens, documentários, publicidades e filmes de branded content. Muitos desses filmes foram premiados em festivais portugueses e internacionais. Colaborei com diversos realizadores, nomeadamente, Mário Patrocínio, Pedro Patrocínio, Simão Cayatte, Sebastião Salgado, Luís Campos, Bernardo Barreto, Miguel Afonso Carranca, Tinatin Emiridze, André Braz, Angie Silva e Fabiana Tavares. Durante 10 anos, fui Coordenadora do Departamento de Montagem da BRO Cinema. Tornei-me mais ágil, rápida, versátil e auto-confiante.

Recentemente, voltei ao mercado freelance. Tenho muita vontade de conhecer novas pessoas, de reatar ligações antigas e, acima de tudo, de montar muitos filmes. O meu primeiro grande projecto foi a série televisiva “Madrugada Suja”, baseada no livro homónimo de Miguel Sousa Tavares, realizada por Sebastião Salgado e produzida pela produtora Maria & Mayer.

O meu percurso profissional tem sido uma longa e feliz viagem. Orgulho-me muito de tudo o que fiz até agora. Todos os filmes que montei, para mim, são especiais. Espero poder fazer muitos mais.

Recentemente, voltei ao mercado freelance. Tenho muita vontade de conhecer novas pessoas, de reatar ligações antigas e, acima de tudo, de montar muitos filmes. O meu primeiro grande projecto foi a série televisiva “Madrugada Suja”, baseada no livro homónimo de Miguel Sousa Tavares, realizada por Sebastião Salgado e produzida pela produtora Maria & Mayer.

O meu percurso profissional tem sido uma longa e feliz viagem. Orgulho-me muito de tudo o que fiz até agora. Todos os filmes que montei, para mim, são especiais. Espero poder fazer muitos mais.